30.3.05

Técnicos e Artistas

Ainda sobre cinema brasileiro, só pra meditar: saiu uma matéria na imprensa esses dias sobre a profissão de "preparador de elenco" no cinema nacional, listando Fátima Toledo, Camila Amado e outros profissionais respeitados por terem sido fundamentais para os filmes de que participaram - comprovando isso através de depoimentos de atores e diretores.
Legal, com certeza um profissional como estes pode contribuir muito e de várias maneiras para um filme. Mas isso tem um lado estranho, esse aspecto de extremo tecnicismo que eventualmente postula-se como imprescindível para o cinema brasilis "realmente profissional".
Então eu só queria contrapor isso com uma frase que ouvi há alguns meses de um veteraníssimo diretor. Ele me contava das reavaliações e enxugadas num filme que está para fazer, e em determinado momento comentou de ter visto listado um profissional destes no meio dos números. "Mas para que serve o preparador de elenco?". Para ensaiar com os atores, resposta óbvia. "E eu? Fico fazendo o quê?".
Pois é. Com todo o respeito, pois é.
Daniel Caetano

"Feliz 2005, cinema brasileiro..."

Legal ver que o cinema feito em Terra Brasilis começa a aparecer esse ano com uma cara nova (ou melhor, algumas caras novas) com a estréia próxima de Quase Dois Irmãos, Bendito Fruto, Cabra-Cega e Jogo Subterrâneo. É uma bem-vinda reviravolta num ano que começava com sinais nada diferentes do que aconteceu ano passado, a começar pelo ressurgimento dos "blockbusters nacionais".
Até agora só vi um desses citados, Quase Dois Irmãos, que me pareceu ser um filme bem forte, discordando do olhar do Eduardo, a ser republicado na sexta-feira aqui na nossa seção de críticas. Concordo com a crítica à fragilidade das partes dos anos 90, mas acho que o filme tem vários momentos nas partes dos anos 70 que são realmente admiráveis e não se devem somente à bela atuação do Flávio Bauraqui.
Mas, voltando, mesmo só tendo visto um dos quatro filmes citados, melhora muito o panorama ver essa animação - com um realizador estreante em longa, um voltando de vários anos fora do circuito e outros dois que, já tendo uma carreira de anos em longas e curtas, mostram que têm coisas para dizer sobre assuntos que realmente lhes interessam.
Que tenham boa carreira os filmes. E que logo venham outros para lhes acompanhar.
Daniel Caetano

24.3.05

Cavalcanti no MAM, Cachaça no Estação!

A mostra Alberto Cavalcanti segue em frente na sala de cinema do MAM-RJ nesse feriadão, vale apena dar uma boa conferida na programação (aliás, alô alô pessoal do MAM, o site do museu ainda está anunciando a programação de janeiro!).

Mas a surpresa que o coelho da páscoa nos traz é o nosso velho conhecido Cachaça Cinema Clube! Agora a sessão vai ter direito a repeteco.
Portanto, depois de uma folia e tanto ontem no Odeon, a mesma sessão (dedicada a artes plásticas, com os filmes Selarón, A Grande Loucura, Atrocidades Maravilhosas, Noninoninono e Ver e Ouvir) será reapresentada nesse sábado, na boa e velha sala 1 do Estação Botafogo, às 23h30. Ou seja, a partir de agora o Cachaça não é mais só a boa de quarta-feira - passa a ser a de sábado também!
Só não sei se lá também vai ter degustação de Magnífica. Bem, é o caso de ir dar uma conferida pra descobrir.
Daniel Caetano

15.3.05

Novidades na caixa de correio

Estavam com saudades de Don Valentón, pessoal?
Pois bem, a novidade é que vamos publicar aqui no Plano Geral as cartas enviadas pelo Valente, provisoriamente parisiense, contando novidades sobre seu furor cinefílico. Enquanto o sujeito não volta pra contar mais histórias em meio a cervejas, ficaremos com seus relatos, a serem publicados frequentemente (espero eu).
A primeira carta já está aqui à direita.
Enquanto isso, a equipe deseja ao nosso editor de críticas favorito muita farra e muito cinema na pátria dos gauleses.
Daniel Caetano