28.2.05

Maldita Contracampo!

Tudo no mundo pode ser razão de festa, mesmo as saídas e perdas: segunda (28/2) é dia de despedida na Maldita, marcando a partida (momentânea) de um dos vértices do triângulo-seletor que a Contracampo escala com frequência na pista 2 que o Zé e Gordinho, insanamente, nos reservam regularmente. O motivo de anunciar isso aqui é menos achar que alguém vai sentir falta de um dos Contracampos-DJs, e sim avisar que a noite será especialmente emocionada e festiva lá em cima - como sempre em despedidas. Então, se a última Maldita-Contracampo foi um épico que acabou quase às 7hs da manhã, com uma galera do metal sambando Almir Guineto de rosto colado, esta não promete nada de diferente. Quem conhece a noite da galera já sabe que pode (e vai) tocar de tudo, por isso ficar listando bandas/artistas/projetos aqui chega a ser exercício inútil. Apareçam, e pronto! Segunda, 23h, na Casa da Matriz, em Botafogo, RJ.
Eduardo Valente

23.2.05

Dica de blog

É o blog Projeto 365.
Bem, não é costume aqui ficar dando links de blogs - já passamos os do pessoal da equipe na nossa seção de links, e a partir deles dá pra achar centenas de outros muito bons.
Mas nesse caso é preciso anunciar, porque esse novo blog não é pessoal, é coletivo, é informativo e crítico - divulgando produções pouco conhecidas que merecem maior atenção. A turma que fez o blog tem inclusive gente daqui da Contra (o Fernando) e é composta por vários cinéfilos da lista de discussão Canibal Holocausto, criada pelo nosso sumido colaborador Thomaz Albornoz para conversar sobre filmes transgressores (a descrição fala de "filmes de baixo orçamento, preferencialmente de horror, preferencialmente europeus", e a lista é aberta para quem quiser se inscrever).
A proposta desse novo site, o Projeto 365, é de a cada dia sugerir um novo filme esquecido ou mal-visto para os leitores, a partir de seções diárias. Desde já, portanto, é um site a se visitar com frequência.
Daniel Caetano

17.2.05

A luz de Sideways

Tudo aquilo que o Ruy escreveu no texto dele sobre Sideways é verdade e, em grande parte, compõe o quadro da obra de Alexander Payne: um diretor que tem horror a seus personagens, que age como deus grego e gosta de brincar com eles e com suas desgraças. Mas, neste caso, o filme traz um detalhe a mais digno de nota: a fotografia. Visitei vários fóruns de fotografia na internet que discutiram - sem chegar a uma conclusão definitiva - qual foi o método utilizado pelo fotógrafo Phedon Papamichael para produzir o estouro de luz, o tom difuso, das imagens. Dois traços são muito gritantes: um foi a opção clara por "duas" lentes (as aspas, claro, indicam que podem ser mais de duas, mas que dois modelos de visualidade são obtidos), uma para filmar planos abertos e outra para filmar os planos fechados. Ora, esta segunda traz uma profundidade de campo quase nula, de forma que há sempre um plano em foco e outro(s) fora dele. Em um filme centrado na conversação, isso parecer informar muito sobre as intenções temáticas da filmagem. Aquele que fala está em foco, quem ouve não. O outro traço que chama a atenção é justamente oriundo da luminosidade obtida pelo fotógrafo (que poderia, corrijam-me os técnicos, ser atribuída a uma marcação errada de luz ou a um erro de copiagem, mas como o jogo de foco parece indicar tipos de lente específicos...): o ambiente está sempre com muita luz! Ora, qualquer estudante de fotografia com intenções "normais" teria fotometrado nos personagens e estourado o ambiente mais ainda, permitindo que as pessoas ficassem mais claras. Em vez disso, Papamichael mede sua luz pelo fundo e deixa seus personagens subexpostos. Assim, temos um estranho símbolo luminoso: o mundo é de luz e as pessoas são de trevas. Aos poucos, entretanto, o filme vai filmando seus personagens de maneira mais iluminada. Mas a grande conclusão possível até agora parece-me a de que se trata de um efeito consciente, mas, ao mesmo tempo, apenas performático. Parece ser mais um maneirismo do que um acessório à tese anti-humana de Payne. Opiniões?
Alexandre Werneck

14.2.05

Cinema Livre e Cachaça!

A semana aqui no Rio fica animadíssima com o início de fato de 2005. No CCBB, a partir de amanhã, começa a já tradicional Mostra do Fime Livre, cuja programação pode ser vista no site do Curta o Curta. Vale avisar que, além da programação normal da mostra, esse ano o pessoal do Filme Livre vai homenagear Luiz Rosemberg Filho, eventual colaborador daqui da Contra e cineasta da pesada, sempre lembrado em meio àquela turma que hoje convencionou-se chamar de Cinema Marginal. E além de três longas, alguns curtas e mais alguns filmes com participação do Rô, a mostra também vai fazer sessões dedicadas aos filmes do Phillipe Barcinski e aos do Johan Van Der Keuken.

E, em parceria com o pessoal do Filme Livre, essa semana rola Cachaça Cinema Clube no Odeon! Programação batucada, com filmes de e sobre samba: Perdi a Cabeça na Linha do Trem, do Estevão Pantoja, Nelson Cavaquinho, clássico do Leon Hirzsman, Moreira da Silva, do Ivan Cardoso, e Operação Morengueira, de Chico Serra e Godofredo Quincas. Quarta-feira, 20h30, no Odeon, como sempre. Imperdível, como sempre.
Daniel Caetano

9.2.05

Cinema Falado

Demorou um pouco, mas já está no ar a parte final do Cinema Falado dessa edição. Incluimos um longo pedaço na parte 4 e entrou no ar a parte 5, final.
Daniel Caetano