28.1.05

Sobre Alexandre

Não há épico sem ridículo - tudo bem, mas não precisava exagerar...
O Stone ultrapassou todos os limites. É bacana ver um diretor não ter medo dos excessos. Afinal, o genêro tem suas regras e é preciso obedecê-las. Mas precisava contratar o Vangelis?! E aquela águia ridícula sobrevoando os céus, o que é aquilo?! Não, mas o pior de tudo é o Aristóteles... A cena da aula ao ar livre parecia um momento na escola da Malhação. Ou, então, "A escolinha do professor Aristóteles"... Falando nisso, por que o Aristóteles tem sotaque inglês? É porque ele é grego e os outros macedônios? O que quer dizer, talvez, que no filme os macedônios falem inglês com sotaque americano (porque são a ex-colônia que virou império), enquanto os gregos o falam com sotaque britânico (porque representam a origem clássica). Bem, em se tratando de Oliver Stone, sempre pode haver significado político, ou teoria da conspiração, até mesmo num simples sotaque. Mas e quanto a Angelina Jolie? Seu sotaque é de onde? Sei não, mas ela me pareceu parecer tentar um russo (provavelmente porque representa uma rainha bárbara).
Bolívar Torres

24.1.05

Encerrada a votação dos leitores de Contracampo, o resultado sai na próxima edição, que entra no ar... em breve.
Eduardo Valente

21.1.05

Crônica de uma morte anunciada?

Entrou em cartaz o trailer do filme Bendito Fruto, de Sérgio Goldenberg - filme que estreou no último Festival de Brasília levando alguns prêmios importantes (como o de melhor atriz para Zezeh Barbosa). O trailer, contrariando a quase regra do que se costuma ver em boa parte dos casos do cinema nacional (ainda), é ótimo: o público se diverte no cinema (isso foi presenciado duas vezes), e com certeza ninguém sai da sala sem as melhores impressões sobre o filme a ser lançado. Ainda assim, o que temos aqui cheira, perigosa e lamentavelmente, a mais um desperdício de potencial do cinema nacional versão século XXI: um lançamento da Riofilme (o que, infelizmente, passou a significar ambições pequeníssimas) de uma autêntica comédia de costumes sem os atrativos marqueteiros da vez (galãs ou galoas televisivas, temáticas e ambientes "moderninhos"). Um abraço (se voluntário ou não, importa menos) a uma tradição anterior do cinema brasileiro: o da comédia de costumes popular - em todos os sentidos do termo. Os exemplares mais recentes, entre os filmes de inegável apelo e vocação comercial que ousaram explorar as águas do mini-lançamento sem Globo Filmes (pensemos dos lançamentos mais mal sucedidos como O Casamento de Louise, até os de limitado sucesso como Separações), tiveram como ponto em comum um absurdo sub-aproveitamento do seu público potencial. Se este público sumiu dos cinemas dos anos 70/80 para hoje, ou se o mercado é que desaprendeu a trabalhar filmes como estes (ou "todas as alternativas acima" e muito mais), pouco importa. O fato é que as qualidades de comunicação do trailer deste novo filme quase nos trazem mais melancolia pela expectativa do que virá, do que a ansiedade positiva que ainda sentiamos alguns anos atrás...
Tomara, tomara mesmo, que estejamos errados.
Eduardo Valente

17.1.05

Última Semana da Votação dos Leitores

Temos ainda mais sete dias para que os leitores da Contracampo votem nos seus filmes favoritos de 2004. Se você ainda não votou, consulte a lista dos filmes elegíveis e não deixe de mandar seu email - porque, como sempre, a briga pelas posições está muito acirrada e qualquer voto pode fazer a diferença...
Eduardo Valente

11.1.05

Cavalcanti e suas parábolas

O ator, diretor e poeta Emmanoel Cavalcanti (Terra em Transe, O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, El Justiceiro, O Amuleto de Ogum etc.) escreveu e me pediu para divulgar na Contracampo a seguinte parábola:

"O demônio convidou todos os necessitados e infelizes, os que amargam desemprego, doentes e sonhadores. Reuniu a multidão numa praça verde e ampla; daria um presente a cada um, satisfaria as necessidades, compensando a todos.
Apareceu num trono, desceu a calça e cagou num pinico de ouro. E deu o presente.
- Comam, meus amiguinhos, comam. Sejam felizes.
Deu um estrondo e desapareceu na frente da multidão."

Eis aí.
Luís Alberto Rocha Melo

9.1.05

O Quepe do Comodoro

Enfim, chegando de volta ao Rio, a Contracampo anuncia com muita alegria que foi eleita melhor site de cinema do país pelo júri oficial do Quepe do Comodoro, prêmio promovido pelo Don Carlone Reichenbach a partir do seu blog e das sessões mensais no Cinesesc de Sampa. Sentimo-nos honrados e ficamos muito felizes, sinceramente.

Mais outras figuras ganharam prêmios - melhor site no voto dos internautas, melhor blog, site mais inventivo e evento mais significativo. Pra saber mais e ver fotos do evento, vale a pena dar uma olhada no blog do Carlão, o Reduto do Comodoro - a iniciativa do 'comodoro' Reichenbach é uma coisa inovadora e bacana pra chuchu, com essa proposta de valorizar a relação entre cinema e internet. Nisso, o Carlão mostrou de novo que está muito mais antenado com uma série de novidades que boa parte do resto da turma que, como ele, mantém-se no clube dos que conseguem produzir cinema no Brasil. Ele percebeu que valorizar a internet como espaço de discussão de cinema através de um prêmio é uma idéia urgente.
Portanto, é preciso que se diga: é com muita alegria que a Contracampo deseja longa vida ao Quepe do Comodoro!
Daniel Caetano

Maldita!

O ano mal começou e já vamos nós festejar mais um pouquinho... Pois é, amanhã, segunda-feira, 10/01, é dia de Contracampo nas carrapetas da pista 2 da Maldita, na Casa da Matriz (RJ). Como de hábito, muita música boa - algumas um tanto inesperadas. Mas fica o aviso para os amigos frequentadores do resto do ano: férias de verão, a coisa toda fica bem mais lotada, vale chegar um pouquinho mais cedo pra evitar filas...
Eduardo Valente

3.1.05

A desilusão de Edgard Navarro

Outra coisa: o André Setaro republicou no blog dele e enviou para algumas listas uma entrevista feita pelo jornal baiano A Tarde com Edgard Navarro. E essa entrevista é uma paulada dolorosa de se ler - só pra dar uma idéia, o título dela é "Cinema É Um Atraso de Vida". Nas palavras de um dos editores aqui da revista, trata-se de "um dos mais importantes documentos do cinema brasileiro recente/atual".
Coisa triste de se ler num início de ano, mas a nossa vida é assim - quer dizer, está assim. E feliz 2005 pra todo mundo - Eu Me Lembro vem aí.
Daniel Caetano

A Festa do Comodoro

Pro pessoal de Sampa, o programa da semana é a farra que Don Carlone Reichenbach está armando para esta quarta-feira no Cinesesc. Vai rolar a distribuição dos seus primeiros Quepes do Comodoro (a idéia é que o prêmio se realize regularmente), com concorrentes bacanas para categorias como melhor blog de cinema e melhor site de cinema (a Contracampo concorre) - tem até uma página explicando todo o concurso.
Depois, rola Profondo Rosso, do Dario Argento, em cópia digital.
Pra quem estiver em Sampa, é programa do tipo imperdível mesmo. Quem não estiver, que trate de correr pra dar um jeito de estar lá.
Daniel Caetano

Votação dos melhores de 2004

É isso aí, pessoal: durante os próximos dias a Contracampo estará recebendo as listas dos seus leitores para a votação dos melhores filmes de 2004. Qualquer dúvida é só conferir na página com as regras e os filmes lançados.
Daniel Caetano