27.2.07

Nua e Acossada na Sessão Latina

O cineclube Sala Escura Sessão Latina, que desde junho de 2004 exibe sempre em toda segunda quinta-feira do mês raridades da cinematografia latino-americana, no próximo dia 8/3 às 18:30 na cinemateca do Mam projetará o raríssimo filme erótico argentino Nua e Acossada, dirigido por Alberto Dubois (Argentina/Venezuela, 1964). Estrelado pela famosa diva do cinema argentino e mexicano das décadas de 60/70 Libertad Leblanc, Nua e Acossada conta a estória de uma cantora argentina que é contratada para fazer uma apresentação em Caracas. Chegando lá, ela descobre que foi enganada e a partir daí várias situações insólitas começam a acontecer. Explorando a incrível beleza e as curvas de Leblanc, Dubois realiza as primeiras linhas do cinema erótico que irá desenvolver em filmes posteriores como Mi secretaria está loca, loca, loca(1967). Fazendo parte de uma parcela da produção cinematográfica argentina que a historiografia oficial prefere esquecer, tal como ocorre com as nossas pornonanchachadas, o filme além de curioso, nos permite uma visita ao cinema comercial produzido na América Latina dos anos 60. Coisa que é pouca falada, mas que existiu.
Programa imperdível. Não percam.
Estevão Garcia

21.2.07

Cahiers de grátis em inglês na web

Nosso amigo Filipe nos informa que, a partir de março, a Cahiers du Cinéma terá uma versão em inglês disponível gratuitamente na internet. Para quem quiser conferir, já está no ar uma versão-teste da edição de fevereiro, que pode ser acessada aqui.
Daniel Caetano

11.2.07

Produção japonesa recente na Caixa Cultural!

A Fundação Japão brinda-nos todo ano com algumas mostras, que acabam sempre trazendo títulos que não circulam de forma mais convencional, incluindo gratas surpresas e mantendo-nos em dia com parte da produção corrente do Japão. Esta semana, na Caixa Cultural, no Rio de Janeiro, a Fundação promove a curta mostra "Tudo em Japonês, Mas Com Legendas". Entre o figurinha fácil Yamada, a surpresa da presença de Clint Eastwood em, digamos, "pré-estréia", e o aclamado, mas pouco conhecido, Kazuo Kuroki, temos o último filme de Shinobu Yaguchi.
Yaguchi é um daqueles bons cineastas que constroem uma carreira praticamente desapercebidos do público e da crítica internacionais. Embora três de seus longas tenham sido exibidos no Brasil em diferentes circunstâncias - Meu Esconderijo Secreto (1997), passou na Mostra de São Paulo; Muita Adrenalina (seu grande sucesso, de 1999) e Waterboys (2001) passaram em outros eventos promovidos pela Fundação Japão -, Yaguchi segue sendo um nome desconhecido por aqui. Talvez por não ser propriamente enquadrável na categoria "cinema de arte", "cinema alternativo", "cult" ou coisa que o valha...
Sua capacidade admirável de aliar a comédia mais espontânea e "ingênua" com uma ação ágil e ritmada, em narrativas repletas de situações de estranheza, faz dele um grande alvo de interesse. Seu grande carinho pelos personagens alimenta um envolvimento constante com o desenrolar dos filmes, de forma que é praticamente impossível não se sentir cativado e não aderir ao riso em diversos momentos.
Fica aqui então a dica para conferir este que é um dos daqueles nomes fora do circuito dos "prestigiados", por fazer um cinema "discreto", sem atrativos de peso, mas ainda assim, um ótimo cinema.

Mostra "Tudo Em Japonês, Mas Com Legendas":
Sáb 10/fev: A Espada Oculta (2004), Yoji Yamada
Dom 11/fev: Cartas de Iwo Jima (2006), Clint Eastwood
Ter 13/fev: A Face de Jizo (2004), Kazuo Kuroki
Qua 14/fev: Cartas de Iwo Jima (2006), Clint Eastwood
Qui 15/fev: Swing Girls (2004), Shinobu Yaguchi
Tatiana Monassa

4.2.07

Maldita Contracampo (e Cinética) no dia 5/2, na Casa da Matriz

É isso.
Eu, Júnior e Duda nos deixamos contagiar pelo esquenta do carnaval e faremos uma seleção para mostrar a ginga e a manemolência de artistas como Velvet Underground, Broadcast, Bob Dylan, Syd Barrett, St. Etienne, Justin Timberlake, Françoise Hardy, Kanye West, J. Dilla, DJ Shadow, Jane Birkin, Nick Cave & The Bad Seeds, The Fall, Stereolab, Public Image Limited, Missy Elliott, Tindersticks, Sufjan Stevens, Sonic Youth e, o que é mais importante (unhé), tentar achar alguma lógica, mesmo precária, nessa porra toda.
se o povo se animar a gente toca até marchinha de carnaval, Konono no. 1 e o último disco da Joanna Newsom na íntegra. Tá, essa última é exagero (mas bem que seria legal uma pista de audição para tocar coisas indançáveis em pista como Joanna Newsom, Espers, Asa Chang & Junray, Autechre, Savath & Savalas, Alice Coltrane...).
Ruy Gardnier

3.2.07

Professor X

A Ilustrada publicou hoje uma bela entrevista feita pela Silvana Arantes com o professor Ismail Xavier (só para assinantes, com direito a parte dois da entrevista).
Vale também dar uma olhada noutra entrevista interessante: a conversa com Jason Kohn - o diretor de Manda Bala, esse filme que acabou de ganhar um prêmio em Sundance - publicada no Globo de hoje.
Daniel Caetano