5.1.08

Helena

O ano cinematográfico de 2008 começa forte aqui no Rio de Janeiro: com uma homenagem à maior das atrizes de cinema, Helena Ignez. Isso vai acontecer na Caixa Cultural a partir de terça-feira, 8 de janeiro, com exibição de vários filmes até o dia 20 - a entrada é franca. No programa ao longo destes dias, obras de Julio Bressane (Cara a Cara, A Família do Barulho, Barão Olavo, o Horrível, São Jerônimo), Glauber Rocha (O Pátio), Olney São Paulo ( O Grito da terra), Joaquim Pedro de Andrade (O Padre e a Moça), Elyseu Visconti (Os Monstros de Babaloo) e, claro, muitos filmes de Rogério Sganzerla, entre outros.
Toda a programação é imperdível, mas vale ressaltar que no dia 17, uma quinta-feira, às 18h30, vai rolar a primeira exibição pública do curta Almas Passantes, realizado pelos cinéticos Ilana Feldman e Cléber Eduardo, numa sessão conjunta com o bonito Helena Zero, do Joel Pizzini, e com a versão que Helena remontou em 2005 de A Miss e o Dinossauro - essa sessão vai ser seguida de debate com mediação do nosso editor Ruygard e com a presença de Joel Pizzini, Ivana Bentes, Maria Gladys e, claro, da própria Helena.
Além de ser uma atriz com uma carreira imensa, cheia de desempenhos realmente impressionantes, Helena Ignez tem uma lucidez e uma clareza raras de se ver e ouvir (e que sempre estiveram presentes no seu trabalho, inclusive nos momentos de maior risco e criação). Além de estar nos filmes, isso pôde ser conferido aqui na Contra em duas entrevistas que publicamos: uma vez na edição sobre a versão carioca da mostra sobre Cinema Marginal (com direito a pauta "Helena Ignez, atriz de todas"); outra vez na edição sobre o filme O Padre e a Moça .
Enfim, a festa vai ser bonita. A programação pode ser conferida no site da Caixa.
Daniel Caetano