12.6.06

Premiação do FBCU

Os jovens cineastas Júlia Zakia e Álvaro Furloni foram os grandes vencedores do 10º Festival Brasileiro de Cinema Universitário, que terminou ontem, numa sessão de premiação lotada e algo atribulada no Centro Cultural dos Correios. A Estória da Figueira levou dois dos seis prêmios de destaque em película, numa forma de evidenciar uma preferência maior entre os filmes premiados por parte do júri. Além disso, o filme de Júlia Zakia foi segundo lugar na votação do público e foi um dos três filmes selecionados no informal prêmio dado pelas curadoras do Cachaça Cinema Clube. Já Furloni teve seu Frio premiado entre os destaques de vídeo do júri oficial, seu filme Quem Vai Chorar Quando Eu Morrer? eleito com o prêmio do público e teve seu roteiro "Esconde Esconde" selecionado para ser o próximo filme do Projeto Sal Grosso, a ser produzido e finalizado nos próximos 365 dias e ser exibido ao final do próximo FBCU. Quanto a A Goiabeira, mais novo rebento do projeto, pode-se dizer com alguma tranqüilidade que é o mais fraco da família, tecnicamente deficiente e expressivamente nulo. Sobre o resto dos filmes, comentaremos mais nos próximos dias. Abaixo, a premiação completa do Festival:

Película
Contribuição artística: A Estória da Figueira, de Júlia Zakia
Contribuição técnica: Alice, de Rafael Gomes & Ímpar Par, de Esmir Filho
Expressão poética: Luzia Passou por Aqui, de Letícia Paiva e Paulo Mendel
Expressão cultural: A Estória da Figueira, de Júlia Zakia
Pesquisa de linguagem: O Latido do Cachorro Altera o Percurso das Nuvens, de Camila Márquez, Estevão Garcia, Pedro Urano, Raul Fernando e Rebeca Ramos
Retrato da realidade nacional: Rap, o Canto da Ceilândia, de Adirley Queirós
Menção honrosa: [Opus.(Nôumeno)], de Filipe Moura
Prêmio ABD&C: [Opus.(Nôumeno)], de Filipe Moura & O Latido do Cachorro Altera o Percurso das Nuvens, de Camila Márquez, Estevão Garcia, Pedro Urano, Raul Fernando e Rebeca Ramos, com menção honrosa para Rap, o Canto da Ceilândia, de Adirley Queirós
Prêmio de público: Quem Vai Chorar Quando Eu Morrer?, de Álvaro Furloni (e, até o décimo lugar, em ordem decrescente de pontos: A Estória da Figueira, Velha História, Alice, Ímpar Par, Rap, o Canto da Ceilândia, Mar de Memórias, A Vingança da Bibliotecária, Arraiada, Tempo Real)

Vídeo
Contribuição artística: Sem Título, de Caio Polesi
Contribuição técnica: Estertor, de Davi Moori, Diogo Dias e Victor Reis & Revés, de Christian Schneider
Expressão poética: Frio, de Alvaro Furloni
Expressão cultural: Bitola Cabeça Super 8, de Gabriela Barreto e Vitória Araújo
Pesquisa de linguagem: Vídeo para Camila, de Luiz Paulo Iazzetti
Retrato da realidade nacional: A Sentinela, de Michelle de Paula
Menções honrosas: A Cena Perfeita, de Ricardo Rodrigues; 1964: Encontro com a Memória, de Marcelo Santos, Raphaella Vieira e Michel Bamps; Chorume, de Hélio Villela Nunes & Marionetes, de Wesley Rodrigues de Oliveira
Prêmio ABD&C: Chá das Cinco, de Raphael Lemos da Fonseca
Prêmio de público: Chá das Cinco, de Raphael Lemos da Fonseca (e, até o décimo lugar, em ordem decrescente de pontos: Chorume, Estertor, Frio, Jonas e a Baleia, A Outra Filha de Francisco, Dias Úteis, O Perdedor, Fim de Expediente, O Jogo)

Internacional
Contribuição artística: Melodramat, de Filip Marczewski (Polônia)
Contribuição técnica: Our Man in Nirvana, de Jan Koester (Alemanha)
Expressão poética: La Plaine, de Roland Edzard (França)
Expressão cultural: Mast Qalandar, de Till Passow (Alemanha/Paquistão)
Pesquisa de linguagem: Os 30 Piratas de Mariko, de Mariko Tetsuya (Japão)
Retrato da realidade nacional: Be Quiet!, de Sameh Zoabi (França/EUA/Palestina)
Prêmio de público: Premium, de Alexandru Ionescu (Romênia)

Outros prêmios:
O cineclube Cachaça Cinema Clube premiou os seguintes filmes com uma garrafa de cachaça e os selecionou para exibição na próxima edição do evento: Luzia Passou por Aqui, de Letícia Paiva e Paulo Mendel (como "melhor filme importante"), O Latido do Cachorro Altera o Percurso das Nuvens, de Camila Márquez, Estevão Garcia, Pedro Urano, Raul Fernando e Rebeca Ramos (como "melhor filme-exposição") e A Estória da Figueira, de Júlia Zakia.
O site Curta o Curta premiou o belo (e injustamente esquecido pelo júri oficial) Saba, de Thereza Menezes e Gregorio Graziosi, com exibição pela internet e distribuição para dez festivais nacionais.
Ruy Gardnier