31.5.06

O filme mais bonito

Rio Zona Norte vai ser exibido no Odeon hoje na Sessão Cineclube.
É programa imperdível porque o filme é uma jóia preciosa, como aponta o texto que o Luís Alberto, nosso querido Morris, escreveu para a sessão. Com relação ao que o Morris diz no seu texto (que é fabuloso, nem precisaria dizer) sobre a preocupação que o filme mostra sobre a divulgação do trabalho do artista popular e a representação que faz dela o artista de elite, eu complementaria lembrando a crença mostrada pelo filme numa imersão no mundo desse personagem, o artista popular - por isso, como se sabe, o Nelson morou em Bento Ribeiro durante a escrita e produção do filme, levado por Zé Kéti. Assim, o filme escolhe dar tanto espaço às questões cotidianas de Espírito quanto dá à sua relação frágil com Moacir. Inclusive porque Moacir de fato representa o único caminho para que outras pessoas (e a posteridade) venham a conhecer a música de Espírito, mas as pessoas do lugar onde Espírito viveu já convivem cotidianamente com essa música; não são elas que precisam de Moacir, é ele que depende da memória delas ao final do filme.
(e lá vamos nós rever o filme - e aquela cena com a Ângela Maria!)
Daniel Caetano