10.12.03

Convém saudar O Inacreditável Fenelon à sua justa medida. Guilherme realizou um feito duplamente marcante. Primeiro por ressuscitar o folhetim, estilo literário desaparecido com a saudosa Suzana Flag. E segundo por recuperar a memória de Fenelon Macedo, grande injustiçado da história do cinema nacional. Isso, claro, descontando os excessos próprios a uma obra de ficção: todos sabem que Branca Dias nunca foi mulata. Fica aqui uma pergunta, a quem de direito: quando teremos uma retrospectiva Fenelon Macedo? E uma dica: antes do Guilherme, um grande cineasta nosso já havia brincado com o universo do cinema brasileiro. Trata-se de Glauber, que assinou uma peça teatral engraçadíssima e esclarecedora.
(Carim Azeddine)