Convém saudar O Inacreditável Fenelon à sua justa medida. Guilherme realizou um feito duplamente marcante. Primeiro por ressuscitar o folhetim, estilo literário desaparecido com a saudosa Suzana Flag. E segundo por recuperar a memória de Fenelon Macedo, grande injustiçado da história do cinema nacional. Isso, claro, descontando os excessos próprios a uma obra de ficção: todos sabem que Branca Dias nunca foi mulata. Fica aqui uma pergunta, a quem de direito: quando teremos uma retrospectiva Fenelon Macedo? E uma dica: antes do Guilherme, um grande cineasta nosso já havia brincado com o universo do cinema brasileiro. Trata-se de Glauber, que assinou uma peça teatral engraçadíssima e esclarecedora.
(Carim Azeddine)
Contra-Blog / Plano Geral 2002-2008
Página de arquivo das notas publicadas no Contra-blog da seção Plano Geral da Revista de Cinema Contracampo entre 2002 e 2008
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