16.6.03

Três links bacanas pra se passar. O primeiro é prata da casa - há um artigo do Cléber na Época sobre Festivais Universitários bastante bacana (pode ser preciso entrar na homepage da revista para abrir o artigo).
O segundo texto que merece uma conferida está na concorrência. Há no Críticos.com.br um artigo de Eduardo Escorel sobre o eterno problema comércio versus cultura. O tema não é dos mais palatáveis, mas a discussão é recorrente e necessária - e dizer que o texto é muito bom é chover no molhado. Vale a leitura atenta, certamente.
Leitura mais amena será a da entrevista de Hugo Carvana disponível no site do seu novo filme, Apolônio Brasil - Campeão da Alegria. Divertida e simpática, no entanto a entrevista merecia uma revisãozinha mais rigorosa. Lá o Câncer de Glauber é chamado de Dancing, sabe-se lá por que cargas d'água, e nosso querido Andrea Tonacci vira André Donatti. Fora as distrações da transcrição, a entrevista traz ainda algumas... surpresas, digamos. Com seu coração de ouro, Carvana conta histórias... originais. Não apenas pela visão de Ruy Guerra como um líder do grupo cinemanovista (uma visão... inovadora, digamos) como também pela convicção de que Joaquim Pedro foi, dos diretores do cinema novo, um dos menos interessados em dirigir atores - vale notar que aqui mesmo na Contra já publicamos entrevistas de Paulo José, Helena Ignez (nas edições 38 e 42) e Mário Lago com visões opostas, mas vale notar também que Carvana trabalhou em filmes posteriores. Curiosa, de todo modo, é a comparação entre Joaquim e os demais, em que este teria menos interesse em dirigir seus atores que, por exemplo, Arnaldo Jabor e Carlos Diegues - uma opinião... surpreendente, digamos. De todo modo, vale a lida, com certeza. E esperemos que Apolônio Brasil tenha a força de seus primeiros filmes - Vai Trabalhar Vagabundo, Se Segura Malandro e Bar Esperança, todos eles emocionantes e fabulosos.
(Daniel Caetano)