11.10.06

"Precisamos de novos clichês"

O Calil contou na Nominimo que um produtor norte-americano se associou à Total Entertainment para fazer um remake nos EUA de Se Eu Fosse Você, dirigido pelo Daniel Filho, que atualmente está em cartaz com outro filme, Muito gelo e dois dedos d'água.
Tem um aspecto que eu acho muito curioso nisso tudo: é que mostra como a questão de "originalidade" já foi por água abaixo mesmo (se com gelo ou sem gelo, aí eu não sei). Logo um produtor norte-americano, ou seja, do país de Quero Ser Grande (Big) e outros filmes de troca de personalidade, vai resolver fazer um remake de Se Eu Fosse Você?
Enfim, que ótimo para eles...

Mas esse belíssimo sucesso todo me desperta uma questão - a de sempre: Os filmes da Total e outros dirigidos por esse realizador de sucesso que é meu xará Daniel Filho precisam mesmo de leis de incentivo?
Porque tudo bem, a gente já sabe pela Folha de São Paulo que meu xará é bem-humorado (quando diz, sobre seu filme recente, que "se fizer 20 mil, 30 mil espectadores já está do cacete", depois do filme anterior ter tido mais de 3 milhões de espectadores). Mas será que eles realmente não confiam no seu taco na bilheteria? Não era hora de, após tanto sucesso (agora internacional), confiar na sua própria competência para que o filme se sustente, sem precisar da ajuda da Petrobras, do BNDES e dos suspeitos de sempre?
Porque, afinal, não há motivo para duvidar da competência de Daniel Filho e seus profissionais. Ou há?
Daniel Caetano