23.12.04

Ainda no assunto do concurso do MinC

Não deixa de ser peculiar esta mania "stalinista" do Ministério ficar democratizando as listas de inscritos nos cursos, selecionados em fases diferentes, comissões. Se não fosse por mais nada, dava pelo menos para a gente dar umas risadas com esta chanchada chamada audiovisual brasileiro. Afinal, chequem lá, no site do Minc (é preciso ter o programa Adobe para abrir a página): Entre os selecionados da primeira fase no edital para desenvolvimento de roteiros (onde o Ministério dá R$ 30 mil para aspirantes a escrever um roteiro de longa poderem se dedicar aos seus projetos), a gente pode ver um monte de nomes desconhecidos (alunos de audiovisual, aspirantes a estréias em longa, jovens de uma forma geral, podemos supor), mas também garimpamos umas referências, digamos, curiosas. Um certo Zelito Viana, um outro Miguel Falabella de Souza Aguiar, um determinado Paulo Betti ou um Joaquim Vaz de Carvalho - desculpem se me restrinjo a alguns nomes, é que o espaço é curto.
Gente, tudo bem, vai, tá ruim pra todo mundo. E, mais uma vez, nada de ilegal em nada disso. Mas, pô, galera, larga o osso pra garotada, vai! Vocês realmente precisam de um salário do Governo para poderem tirar uns meses e pensarem nos seus roteiros??? Se tá complicado assim, fala com a gente que na próxima chopada da Contracampo a gente faz uma vaquinha... Tudo para não ver o pessoal passando este mico de concorrer com os estudantes de cinema do Brasil, né?
Para citar o título de um dos projetos que ainda está concorrendo ali: "Que os velhos mortos cedam lugar aos novos mortos"!
Eduardo Valente