20.5.05

Brasil ganha "metade" de prêmio em Cannes

Pela segunda vez a Cinefondation premiou o Brasil, ainda que de forma indireta desta vez. Concorrendo de fato com o filme O Lençol Branco, de Marco Dutra e Juliana Rojas, o país não deixou de ser premiado com o primeiro prêmio do Festival indo para Buy It Now, uma produção da NYU Tisch School of the Arts, mas dirigido por Antônio Campos, que como o nome indica é um filho de brasileiro com americana e que possui de fato dupla nacionalidade brasileira e norte-americana. Eu não consegui ver os filmes da sessão (apenas a exibição do Lençol), mas diz-se que ela estava bem forte, como sempre (afinal são selecionados em torno de vinte filmes a partir de mil inscrições), e que o filme de Campos é muito bom - o que a gente confia sabendo que no júri estavam, entre outros, Edward Yang e Chantal Akerman. Fica a notícia, que vem complementar a boa recepção de todos os outros filmes brasileiros.

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100% de desaproveitamento

Acabam de ser anunciados os prêmios da FIPRESCI (associação internacional de críticos), e eu estou até agora com 100% de desaproveitamento na escolha dos filmes a ver. Na Quinzena dos Realizadores, claro, eu não poderia ter visto o vencedor, já que só verei a mostra na semana que vem (o ganhador foi o coreano Crying Fist, de Ryoo Seung-wan). Mas tanto na Un Certain Regard quanto na Competição os escolhidos também foram filmes não vistos por este seu fiel servidor - em ambos os casos não por escolha minha, mas por azares do destino. Sangre, filme mexicano de Amat Escalante, ganhador da Certain Regard, passou no primeiro dia, quando eu ainda não estava aqui. E o vencedor da competição foi Caché, de Michael Haneke, que perdi por ficar de fora. Verei os dois no fim de semana, porém, prometo!
Eduardo Valente