12.3.07

O rachão dos críticos

Calma, não é o que vocês estão pensando. Em breve traremos as novidades sobre o prêmio Jairo Ferreira, que irá se realizar hoje no Cinesesc. No entanto, este post é para relatar o memorável torneio que aconteceu ontem em São Paulo, nos arredores da Avenida Paulista: na Rua Rocha ocorreu um disputado campeonato de futebol de salão entre as equipes da Contracampo, da Paisà, da Cinética e da Cinequanon. Na primeira partida,a Cinequanon mostrou sua qualidade despachando a Paisà. Em seguida, num emocionante duelo de irmãs, a Contracampo venceu a Cinética nos minutos finais, para desespero de Eduardo Valente, que em seguida desabafou asperamente com seus colegas por conta do resultado. Ainda assim, a Cinética perdeu a partida seguinte, contra a Cinequanon - que, com um bom goleiro (o Cezar) e atacantes rápidos (Watanabe e a bela Anahy), logo despontou como favorita. Apesar das belas defesas de Filipe Furtado e dos chutes incessantes (por vezes desgovernados) de Chiko Guarnieri, a Contracampo obteve nova vitória, graças ao bom preparo físico de seus atacantes Léo Levis e Rapha Mesquita e ao comando experiente de Ruy Gardnier.
Uma vez configurada a final, a Cinética, com o artilheiro Valente e o entusiasmado Cléber Eduardo (que não perdia viagem), honrou sua participação obtendo o terceiro lugar contra uma Paisà que se ressentia da ausência de Sérgio Alpendre, muito lamentada por seus companheiros. Em seguida, a Cinequanon venceu a Contracampo por quatro a dois e se sagrou campeã.

Olha só, tá aí tudo resumido. Agora, não é conversa de derrotado não, mas alguns fatos precisam ser esclarecidos em nome de melhor compreensão do torneio. As equipes paulistas demonstraram um comportamento bastante discutível para receber seus visitantes - marcaram os jogos no horário de almoço (e assim os viajantes jogamos sem almoçar), sem comidinhas para beliscar, e, além disso, o Cléber nos deu o endereço errado! Bem, até aí tudo bem, mas ainda é preciso relatar o que se passou na final: quando o jogo ainda estava empatado em dois a dois, nosso capitão e editor Ruy, numa disputa de bola com Anahy (a musa do torneio), contundiu-se gravemente e foi retirado do jogo. Assim, fez-se necessária a presença de Tati Monassa no gol, com o nosso caro Mário Azen indo para a linha (após alguns gols contra - o Mário é tão gentil que sempre dá um gol para o adversário). Não pretendemos jogar a responsabilidade da derrota pela entrada da reserva - Tati jogou com brio. No entanto, a equipe sentiu o golpe da perda de seu líder e não soube se recuperar na partida, levando dois gols no final do jogo. É justo ressaltar o grande mérito da Cinequanon, sobretudo Fernando Watanabe, que corria como se pudesse estar em todos os lugares do campo, e a própria Anahy, que não se deixou intimidar por seus marcadores.

No entanto... no entanto, ainda é preciso contar que houve a "nêga" depois do campeonato - e aí a equipe da Contracampo se vingou da derrota, com Tati dando lugar ao reforço de Eduardo Valente. Sim, é isso mesmo: Valente honrou sua origem contracampista, para dissabor de seus colegas editores da Cinética.

Terminado o torneio, nós da Contracampo precisamos discutir agora o caso de Luiz Carlos Oliveira Jr., cuja ausência injustificada provocou comentários maliciosos na torcida - porém, os dirigentes da revista ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Mas os autores desta nota (Daniel, jogador da equipe, e Gilberto, o técnico) deixam claro aqui o seu lamento pela ausência do companheiro.

Para terminar, uma triste nota: horas mais tarde, nosso editor teve a péssima notícia de que sua contusão é mais grave do que pareceu a princípio. Atendido num hospital paulista, Ruy Gardnier teve seu pé esquerdo engessado e deverá fazer exames em breve para saber se será necessária uma operação para se recuperar do ocorrido. Tal como Obina, a contusão o pegou num momento de auge - e, portanto, fazemos fé aqui por sua pronta recuperação e para que isso não encerre sua carreira futebolística, ainda promissora.
Daniel Caetano e Gilberto Silva Jr.